terça-feira, 6 de julho de 2010

Frida, O Martírio da Beleza.

[...] Sempre deitada, coberta de panos e mantas de seda índios, cheia de jóias extravagantes, ela olhava-se ao espelho e pintava e escrevia sem parar o que conhecia melhor: a própria dor. A coluna bífida, poliomielite, uma perna esmagada e amputada, várias fraturas na coluna, 33 cirurgias durante uma vida de apenas 47 anos. [...] Passo noites longas, difíceis, o sono raro, entre fragmentos febris de suores e pesadelos, assombrado por Frida Kahlo. Choro muito. Não consigo terminar o livro, não consigo parar, não consigo ir em frente. Seguro sua mão imaginária no escuro do quarto e sei que seja qual for a dimensão da minha própria dor, não será jamais maior que a dela. Por isso mesmo, eu o suportarei.


Como ela, em sua homenagem, Frida.
#CaioFernando


“Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome.
Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores.” Esquadros

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